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Foto do escritorDr. Rocindes Berriel

Candidose - Também acomete a boca

A cavidade oral é habitada por muitos fungos, mas esses são mantidos em equilíbrio, e podem causar doenças quando o indivíduo está com o sistema imunológico comprometido. Das infecções fúngicas que podem afetar a boca a candidose é a mais comum. 


Candidose é um termo genérico que inclui um grupo de doenças das mucosas e pele. A candidíase oral é uma infecção da orofaringe provocada pelo fungo Candida albicans, essa é a espécie que habitualmente causa infecção no ser humano. 


Esse fungo é encontrado, normalmente, em pequena quantidade em nosso organismo, sem causar nenhum tipo de sintoma. Porém, quando o organismo fica em desequilíbrio devido a diversos fatores como terapias com imunossupressores, doenças crônicas, podem promover o “crescimento” na quantidade desse fungo, especialmente em áreas quentes e úmidas.


Entre os fatores de riscos para a doença estão o uso de antibióticos, diabetes não controlada e sistema imunológico prejudicado.


Os sintomas da candidíase orofaríngea podem ser agudos e crônicos. A candidíse pseudomembranosa é conhecida como sapinho, é a forma mais comum, caracterizada pela presença de placas ou nódulos branco-amarelados, de consistência mole à gelatinosa, na mucosa bucal, no palato, na orofaringe ou na língua, que são facilmente removidas, revelando uma mucosa avermelhada e não ulcerada sob as placas. Na maioria dos casos, essa forma da doença apresenta lesões assintomáticas, a não ser nos casos mais graves onde os pacientes queixam-se de sensibilidade, ardência e dificuldade de deglutir (engolir).


Já na candidíase eritematosa pode ocorrer independente ou simultaneamente à forma pseudomembranosa. Caracteriza-se por uma lesão sintomática, cuja sensibilidade é intensa devido às numerosas feridas dispersas pela mucosa e à inflamação presente, com localização preferencial ao longo do dorso da língua. Na maior parte dos casos as lesões evoluem de maneira assintomática, podendo somente causar ardência mediante a ingestão de alimentos ácidos ou quentes.


A candidíase crônica é conhecida como “estomatite por dentadura” ocorre frequentemente em pessoas que usam próteses superiores completas . Entre os sintomas estão:  superfície vermelha viva, de aveludada a pedregosa, de forma circunscrita ou difusa e ulcerada ou não.


O palato encontra-se hiperemiado (congestão de sangue em qualquer parte do corpo) e doloroso. Os sintomas clínicos são: dor, irritação e distúrbios da salivação, entretanto, muitos pacientes são assintomáticos.


Entre os sintomas comuns nos tipos de candidíase encontram-se as manchas brancas dentro da boca e na língua, vermelhidão ou desconforto na região da boca, dor de garganta e dificuldade em engolir e rachaduras em cantos da boca onde seus lábios se encontram. As lesões da candidíase oral podem surgir pequenas e assintomáticas, passando despercebidas por algum tempo. A tendência, porém, é que elas evoluam, tornando-se facilmente visíveis e com sintomas, como dor e diminuição do paladar. Uma sensação de algodão na boca também é sintoma de sapinho bastante frequente.


Uma das dúvidas mais frequentes é quanto ao meio de transmissão da doença, beijar alguém que tenha a candidíase oral pode transmitir a patologia?


Bom, beijar alguém que tem candidíase oral, aumenta a quantidade de fungos de candida albicans no corpo. E como tratamos acima o nível do fungo pode aumentar muito e o corpo se tornar incapaz de gerenciá-los, em consequência disso se desenvolvem os sintomas de candidíase oral. Então, tecnicamente a candida oral não é contagiosa. Simplesmente beijar uma pessoa infectada não causa candidíase.


É apenas o aumento dos fungos na boca que pode fazer a diferença entre contrair a doença ou não.


O diagnóstico dessa afecçao é feito pelos sinais clínicos e exame de citologia exfoliativa.


O tratamento é orientado por um Odontologista ou um Clínico Geral, e é baseado na prescrição de antifúngico. Na maioria dos casos, a candidose oral é resolvida com tratamento antifúngico. Se a infecção recorrer após o tratamento, pode ser necessária uma investigação meticulosa dos fatores que possam predispor a candidose, como a imunossupressão.

Co-autora: Enfermeira Julliane Sobral


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